Os seres humanos sempre nutriram um grande medo da morte; ela é a ladra inesperada que rouba na calada da noite. Ninguém tem satisfação em conhecer o dia ou a hora da sua própria morte, mas todos estão destinados a encará-la de uma maneira ou de outra. Dentre as religiões abraâmicas tradicionais, a morte era personificada em um anjo – o anjo da morte – que era, embora leal a Deus, uma das criaturas mais aterrorizantes que um mortal poderia contemplar. Os judeus o chamavam “Samael” e os Muçulmanos o chamavam de “Azrael”; mas os Cristãos primitivos, como nós encontramos neste obscuro documento do séc. X, acreditavam que esse anjo era o “Abaddon”. Em Apocalipse 9:11, um “anjo do abismo sem fundo” é chamado Abaddon ( posteriormente traduzido como “Apollyon” em grego), cujo nome significa “destruidor” em hebraico.